Pesquisa revela dados de violência domestica da mulher Brasileiras

6 de abril de 2011

A pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado” realizada em agosto de 2010 e divulgada no final de fevereiro pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, traz o recorte de gênero como novidade. Para a realização do estudo, foram ouvidos 1.181 homens em todo o país, além de 2.365 mulheres, em 25 estados. Os principais temas abordados são: feminismo e machismo; divisão sexual do trabalho e tempo livre; corpo, mídia e sexualidade; saúde reprodutiva e aborto; violência doméstica; e democracia, mulher e política. A margem de erro da pesquisa é de dois a quatro pontos percentuais.


O estudo mostra que a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Para chegar a essa estimativa, os pesquisadores projetaram, com base em sua amostra, que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão delas nos doze meses que antecederam a pesquisa. O aspecto positivo dos dados é que eles caíram. Há 10 anos, eram oito as mulheres agredidas a cada dois minutos.

A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. Entre os pesquisados, 80% aprovam a nova legislação. Mesmo entre os 11% que são críticos, a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente.

Esta edição também traz dados inéditos sobre o que os homens pensam sobre a violência contra mulheres. Enquanto 8% do total admitem ter batido na mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que batem na mulher e 25% têm parentes que agridem as companheiras. No total de homens, 2% declaram que “tem mulher que só aprende apanhando bastante”. Além disso, entre os 8% que assumem praticar violência, 14% acreditam ter agido bem e 15% declaram que bateriam de novo. Isso indica um padrão de comportamento e não uma exceção.

Respostas sobre agressões sofridas ainda na infância reforçam a ideia de que a violência pode fazer parte de uma cultura familiar. No total, 78% das mulheres e 57% dos homens que apanharam na infância acreditam que dar tapas nos filhos de vez em quando é necessário.

Parto - Uma em cada quatro mulheres afirma ter sofrido maus-tratos durante o parto. Os dados referem-se tanto a hospitais públicos quanto a privados e foram colhidos de 25 unidades em 176 municípios espalhados pelo Brasil. Ao menos 23% das entrevistadas ouviram frases humilhantes, como "Não chora não que ano que vem você está aqui de novo" (15%) ou, "Na hora de fazer não chorou. Não chamou a mamãe, por que está chorando agora?" (14%), ou ainda "Se ficar gritando, vai fazer mal para o seu neném. Seu neném vai nascer surdo".

Cerca de 25% das mulheres também reclamaram de terem sofrido algum tipo de violência durante o atendimento. As queixas mais comuns são: fez exame de toque de forma dolorosa (10%); negativas ou não oferecimento de algum tipo de alívio para a dor (10%); ouviram gritos (9%); não receberam informações sobre algum procedimento (9%); tiveram atendimento negado (8%); e ouviram xingamentos ou foram humilhadas (7%).
Divisão sexual do trabalho - Em famílias com filhos pequenos, o homem deve trabalhar e a mulher deve ficar em casa cuidando das crianças. Isso é o que pensa a maioria dos brasileiros. Entre as entrevistadas, 75% concordam com essa ideia. Entre os homens, 79%. Esse é, segundo o estudo, o principal motivo para as mulheres nunca terem trabalhado ou terem largado o emprego em 2010.

Enquanto 28% dizem que nunca trabalharam por essa razão, 30% largaram os empregos porque ficaram grávidas ou para se dedicar às crianças.

 Como vocês viram a importância de ter uma política publica Eficiente para que todos os agressores se sinta  inibidos a cometer esse grave crime que é  uma covardia a mulher. E importante punir colocar os responsáveis por esse ato atrás das grades, mas e preciso abrir a mente da ignorância e dialogar chegar a um consenso. Sendo  assim podemos construir pessoas capazes de administrar conflitos para se chegar uma solução inteligente e amigável.

 Fonte :
Considerações tecmon 

0 comentários:

Postar um comentário