Mulheres brasileiras estão engravidando mais tarde
25 de fevereiro de 2011
Estudo do IBGE mostra que cai a proporção de mães que têm entre 15 e 24 anos, enquanto aumenta a maternidade na faixa dos 30 aos 34
Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
A gravidez tem chegado mais tarde para as mulheres brasileiras, aponta a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra uma queda no número de mulheres que têm filhos na faixa dos 15 aos 24 anos e, simultaneamente, cresce a proporção de mães que tem entre 25 e 39. O maior crescimento, na comparação entre as faixas de idade, está na faixa dos 30 aos 34 anos: em 1999, 14,4% das mulheres tiveram filhos nessa faixa de idade. No ano passado, esse percentual chegou a 16,8%.
Pesam para a decisão de postergar o aumento da família, segundo analisam os pesquisadores, uma maior necessidade de disputar postos de trabalho. As taxas de escolaridade também estão, como aponta a pesquisa, intimamente ligadas a esse comportamento. “Se olharmos o Distrito Federal, por exemplo, há um envelhecimento (das mães) e retardamento da chegada do primeiro filho. É uma região de maior escolaridade, com maior média salarial e com um mercado de trabalho que dá maiores oportunidades para a mulher”, explica o gerente da pesquisa, Cláudio Dutra Crespo.
O estudo permite comparar as variações desse comportamento nas regiões do país. “Também há características culturais. No norte e nordeste, por exemplo, as taxas de fecundidade são mais elevadas. Essas mudanças estão em todo o país, apesar de serem menos graduais no norte e no nordeste. No Brasil, em todos os estados, o que se vê são menos adolescentes com filhos”, afirma Crespo.
Também cresceu o número de gestantes entre 25 e 29 anos. Há dez anos, 23,3% das grávidas pertenciam a esse grupo etário. Em 2009, passou para 25,2%, com tendência de aumento. De 35 a 39 anos, a quantidade de mães, que era de 6,7%, em 1999, agora é de 8%. A estatística de grávidas com mais de 40 anos também teve elevação. No ano passado, o número era de 1,9% e passou, em 2009, para de 2,3%.
As mulheres entre 20 e 24 anos ainda são as que mais têm filhos. No entanto, a tendência nessa faixa etária é de queda: em dez anos, a percentagem de gestantes pertencentes a esse grupo de idade diminuiu 2,5%. A estatística também mostra que caiu o número de mulheres grávidas de 15 a 19 anos. Em 1999, 20,8% das mulheres que se tornaram mães eram adolescentes. No ano passado, esse número foi reduzido para 18,2%.
A pesquisa revelou que em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal as proporções de mães entre 25 e 29 anos são maiores que o segmento etário de 20 a 24 anos. Nessas unidades da federação, o volume de mulheres que se tornaram mães entre 30 e 34 anos já foi maior do que o número de mães adolescentes. Essas quatro localidades apresentam padrão mais envelhecido da natalidade em comparação com os outros estados brasileiros.
As unidades da federação com maiores índices de mulheres que se tornam mães entre 15 e 24 anos, em 2009, foram o Pará e o Maranhão. No entanto, de forma geral, o que se observa é a redução das taxas de fecundidade em todos os segmentos etários e a postergação da maternidade, sobretudo, em mulheres com maior escolaridade.
Como se podem observar essa e uma tendência geral , as mulheres Brasileiras estão mais consciente e ante de mais nada racionais, aliando realizações de sonhos com objetivos em primeiro plano, como vimos hoje que as mulheres estão focadas em fazer faculdade, conseguir um emprego melhor, ter certa estabilidade financeira para depois pensar em filho com certeza essa e uma atitude louvável pois alem de conquistar parte de seu objetivo ela constrói um pais melhor dando educação digna a seu filho que por sua vez será um cidadão conscientes de seus deveres o obrigação construindo assim um pais desenvolvido.
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